Vale a Pena Tirar o Galaxy S4 da Gaveta em 2025? Descubra Aqui!

Há pouco mais de uma década, o Samsung Galaxy S4 reinava absoluto nas vitrines e no imaginário dos consumidores. Lançado em 2013, ele foi, para muitos, o equivalente Android do “iPhone dos sonhos”: bonito, poderoso para a época, repleto de recursos que pareciam mágica — como gestos aéreos, tela Full HD Super AMOLED, câmera de 13 MP e sensores que sabiam até quando você tirava os olhos do vídeo. Mas será que em 2025 dá para usar um Galaxy S4 no dia a dia?

Design: bonito, mas ultrapassado?

Visualmente, o Galaxy S4 até hoje é elegante. Ele pesa apenas 130 gramas, tem corpo compacto, medindo 136.6 x 69.8 x 7.9 mm, e cabe bem na mão, algo que os smartphones gigantes de 2025 já esqueceram. O acabamento em plástico brilhante, no entanto, denuncia a época: ele risca com facilidade e transmite uma sensação de produto menos premium do que os atuais intermediários e tops de linha em vidro ou metal. Ainda assim, é charmoso, especialmente o modelo branco frost, que é clássico. O botão Home físico é quase “vintage”. Para quem sente saudade da época dos aparelhos pequenos, usar o S4 hoje é um sopro de nostalgia.

Tela: ainda dá para encarar?

Aqui começa a ficar mais complicado. O Galaxy S4 traz uma tela Super AMOLED de 5 polegadas, resolução Full HD (1920 x 1080), com 441 ppi. Na época, isso era top de linha. Em 2025, não tanto. O brilho máximo é baixo para os padrões atuais, e sob sol forte, a visibilidade é sofrível. As cores continuam vibrantes, típicas do AMOLED, mas há um certo tom esverdeado perceptível em brancos puros. A taxa de atualização é de apenas 60 Hz, algo que hoje soa travado para quem se acostumou a 90, 120 ou até 144 Hz. Ainda assim, é impressionante como a nitidez se mantém muito boa para textos, vídeos e fotos, permitindo assistir YouTube ou Netflix sem crise, desde que se consiga instalar os apps.

Desempenho: vai rodar alguma coisa?

O S4 brasileiro usava o Exynos 5410 Octa (com quatro núcleos Cortex-A15 e quatro núcleos Cortex-A7), 2 GB de RAM e GPU PowerVR SGX544MP3. Em 2025, isso é muito pouco. O sistema original, Android 4.2.2 Jelly Bean, é completamente inutilizável hoje, sem apps modernos, sem segurança e sem suporte. Até existem ROMs customizadas, como LineageOS, que ainda mantêm o aparelho vivo até Android 11 ou 12, mas mesmo nelas o S4 sofre bastante. Abrir aplicativos básicos demora vários segundos, a multitarefa praticamente não existe, porque 2 GB de RAM simplesmente não comportam o mundo atual, e o navegador engasga muito em sites modernos, cheios de scripts e publicidade. Jogos modernos estão fora de cogitação. Só títulos simples, como Candy Crush, xadrez ou Sudoku, rodam sem sofrimento. Para uso básico, como chamadas, SMS, Telegram Lite ou e-mails simples, até dá, mas é necessário ter bastante paciência.

Câmeras: nostalgia em pixels

A câmera traseira de 13 MP ainda surpreende na luz do dia, conseguindo fotos relativamente nítidas, com cores fortes, mas o processamento é muito simples e limitado, com alcance dinâmico restrito, céu estourado e sombras muito escuras. Não há estabilização óptica, e à noite as fotos ficam quase sempre tomadas por ruído. A câmera frontal, de apenas 2 MP, hoje é inaceitável até para videochamadas em baixa resolução. Em 2013, o Galaxy S4 rivalizava até com câmeras compactas, mas em 2025 serve apenas para registros casuais e sem muitas exigências.

Filmadora: vídeo bom… para 2013

Além das fotos, o Galaxy S4 chamava atenção na época pela sua capacidade de filmagem. Ele grava vídeos em Full HD (1080p) a 30 quadros por segundo, o que era topo de linha em 2013. A qualidade de vídeo ainda é aceitável em boas condições de luz, com cores vivas e nitidez razoável. Entretanto, há algumas limitações importantes para 2025:

A faixa dinâmica é bem restrita, o que faz o céu estourar facilmente ou ambientes ficarem escuros demais. Não há estabilização óptica, então qualquer tremida da mão fica muito evidente, deixando as filmagens “tremidas” e com aspecto amador, especialmente ao caminhar. À noite ou em ambientes internos mal iluminados, o vídeo sofre bastante com ruídos e perda de definição.

Em 2025, até celulares básicos conseguem gravar em 4K ou até 8K, com estabilização excelente e muito mais detalhes. Por isso, usar o Galaxy S4 hoje para vídeo é possível, mas limitado a registros casuais, sem grandes pretensões. É, no máximo, uma solução de emergência.

Bateria: o grande gargalo

A bateria removível de 2.600 mAh já era um ponto criticado na época por não oferecer grande autonomia. Em 2025, a maioria dos exemplares possui células muito degradadas. Mesmo trocando por uma bateria nova paralela, o aparelho drena energia muito rápido, especialmente se conectado à rede 4G ou Wi-Fi. Navegar na internet ou assistir vídeos consome carga num ritmo alarmante, e não há carregamento rápido, levando cerca de duas horas e meia para ir de 0 a 100%. É impossível imaginar o S4 aguentando um dia inteiro de uso moderado, como exigimos em 2025.

Conectividade e apps: um problemão

Não há suporte para 5G. O Bluetooth é apenas 4.0. O Wi-Fi também é limitado, sem compatibilidade com padrões como Wi-Fi 6 ou 6E. A porta é micro USB 2.0, algo que hoje é quase arcaico. E o pior é que muitos aplicativos simplesmente não instalam mais. Serviços como Netflix, YouTube, WhatsApp ou apps de banco exigem Android mais recente. Mesmo tentando instalar via APK, vários não rodam ou não abrem corretamente. Dá para usar o celular? Sim, mas apenas com alternativas ultraleves e algumas gambiarras, como navegadores Lite ou versões antigas dos aplicativos.

Vale a pena ter em 2025?

Se você é fã de tecnologia e ama nostalgia, o Galaxy S4 é quase uma peça de museu. Assim como o iPhone 4 ou o Galaxy S3, ele faz parte da história e foi, sim, um sonho de consumo que merece respeito. Mas como smartphone principal em 2025, nem pensar. A tecnologia avançou demais. Mesmo aparelhos básicos de hoje entregam muito mais segurança, velocidade, conectividade e câmeras melhores. Ainda assim, há algo quase poético em ligar um Galaxy S4 em 2025. Segurá-lo na mão é como reviver uma época em que 5 polegadas eram gigantes, e smartphones eram mágicos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *