By Diego Paulo 
Desde que chegou ao mercado em 2023, o Motorola Edge 40 conquistou atenção por oferecer um equilíbrio difícil de encontrar na categoria dos intermediários premium: design de alto nível, tela fluida, desempenho sólido, boas câmeras e recursos que normalmente só vemos em topos de linha. Agora, dois anos depois, ele continua sendo um dos aparelhos mais buscados por quem procura um celular moderno com preço competitivo. Mas será que o Motorola Edge 40 ainda vale a pena em 2025?
Design:
O Edge 40 tem um dos designs mais refinados já lançados pela Motorola. O acabamento, que pode ser em couro vegano ou vidro fosco, impressiona tanto visual quanto sensorialmente. A escolha dos materiais passa uma sensação de sofisticação que lembra muito modelos topo de linha.
Seu corpo é extremamente fino, com apenas 7,49 mm de espessura, e pesa 167g. Na prática, isso significa que o smartphone é confortável de segurar por longos períodos, não incomoda no bolso e se encaixa perfeitamente na palma da mão. A curvatura 3D na traseira se une de forma suave à moldura de alumínio, que dá rigidez ao conjunto.
Mas o que realmente diferencia o Edge 40 de outros intermediários é sua certificação IP68, o que significa que o aparelho é resistente à água e poeira. Essa é uma característica rara na faixa de preço em que ele se encontra em 2025, sendo um grande atrativo para quem busca durabilidade sem abrir mão do visual.
Tela:
A tela do Edge 40 é um espetáculo à parte. O painel P-OLED de 6,55 polegadas tem resolução Full HD+ (2400 x 1080 pixels), exibição com cores vibrantes e contraste infinito típico da tecnologia OLED. Isso significa pretos profundos, alta definição de detalhes e fidelidade cromática que agrada tanto usuários comuns quanto profissionais que trabalham com imagem.
A taxa de atualização de 144Hz é outro diferencial marcante. Enquanto a maioria dos intermediários ainda aposta em 60Hz ou 120Hz, o Edge 40 entrega transições extremamente suaves em jogos, navegação e rolagem de páginas. E o tempo de resposta de 360Hz melhora ainda mais a performance em toques rápidos, ideal para gamers.
O brilho máximo atinge até 1.200 nits, o que permite visualizar o conteúdo mesmo sob sol intenso, sem forçar os olhos. A tela é compatível com HDR10+, sendo excelente para streaming em alta qualidade em plataformas como Netflix, YouTube e Prime Video. Além disso, a curvatura lateral do display cria um efeito visual imersivo, embora alguns usuários prefiram telas planas por evitar toques acidentais.
Desempenho:
No coração do Edge 40 está o processador MediaTek Dimensity 8020, um octa-core de 6 nanômetros construído com eficiência energética e bom desempenho gráfico. Ele é composto por quatro núcleos Cortex-A78 de alto desempenho rodando a até 2,6 GHz e quatro núcleos Cortex-A55 voltados para economia de energia.
Acompanhado de 8 GB de RAM LPDDR4X e 256 GB de armazenamento UFS 3.1, o conjunto entrega fluidez total no uso diário, mesmo com muitos apps abertos em segundo plano. Em benchmarks como o Geekbench e AnTuTu, o Edge 40 se posiciona acima de vários rivais diretos, superando modelos como o Galaxy A54 e o Redmi Note 12 Pro.
Em testes práticos, o celular rodou jogos como Call of Duty: Mobile, Asphalt 9 e PUBG com gráficos altos e boa estabilidade de quadros. No caso de Genshin Impact, que é mais exigente, o desempenho foi consistente em configurações médias, sem quedas bruscas ou superaquecimento excessivo.
Além disso, o sistema de resfriamento interno com câmara de vapor atua de forma eficiente para evitar throttling, mantendo o desempenho estável mesmo em sessões de uso prolongado.
Câmeras:
O conjunto fotográfico traseiro do Motorola Edge 40 é composto por dois sensores: uma câmera principal de 50 MP com abertura f/1.4 e estabilização óptica (OIS), e uma lente ultra-wide de 13 MP com campo de visão de 120°, que também funciona como lente macro com foco automático.
A câmera principal se destaca por sua abertura extremamente ampla (f/1.4), permitindo que mais luz entre no sensor, o que resulta em fotos noturnas superiores aos concorrentes da mesma categoria. As imagens têm boa profundidade, cores realistas, contraste equilibrado e baixo nível de ruído mesmo em cenários desafiadores.
Durante o dia, o nível de detalhe impressiona — especialmente em ambientes bem iluminados. O HDR automático ajuda a equilibrar cenas com céu estourado ou sombras duras. À noite, o modo noturno entra em ação de forma discreta e automática, melhorando a exposição sem exageros ou perda de naturalidade.
A lente ultra-wide também surpreende. Apesar de ter apenas 13 MP, ela entrega fotos com pouca distorção nas bordas, cores consistentes com a lente principal e macro de boa qualidade. O foco automático nesse sensor facilita capturas detalhadas de objetos próximos sem exigir muito esforço do usuário.
Na frontal, a câmera de 32 MP é ideal para selfies, redes sociais e videochamadas. As fotos têm bom alcance dinâmico, definição equilibrada e tonalidade de pele agradável. O modo retrato digital funciona bem, com desfoque natural e contornos bem recortados.
Quanto à gravação de vídeo, a câmera principal suporta 4K a 30 fps, com estabilização eficiente para filmagens em movimento. A frontal grava em Full HD, com ótima nitidez e bom desempenho em ambientes internos.
Bateria e carregamento:
Apesar da bateria de 4.400 mAh parecer inferior aos 5.000 mAh comuns na categoria, o Edge 40 se destaca pela ótima autonomia real. O conjunto otimizado entre hardware eficiente (6nm), tela OLED e software limpo faz com que o celular dure até 7 horas de tela ligada em uso moderado a intenso, o suficiente para um dia inteiro sem preocupações.
O verdadeiro diferencial está no carregamento rápido de 68W. Com o carregador incluso na caixa (algo raro hoje em dia), o aparelho vai de 0 a 100% em aproximadamente 38 minutos. Em 10 minutos, já é possível recuperar cerca de 40% de carga — perfeito para quem tem rotinas corridas.
Outro ponto que eleva o Edge 40 é o suporte a carregamento sem fio de 15W. Esse recurso é quase exclusivo de aparelhos mais caros e é extremamente útil para quem já possui bases de carregamento por indução.
Sistema, atualizações e interface:
O Edge 40 roda o Android 13 com a interface quase pura da Motorola. Isso significa um sistema mais leve, fluido e sem modificações visuais exageradas, com foco na performance e na simplicidade. Além disso, os tradicionais Moto Gestos estão presentes e funcionam muito bem — como girar o pulso para abrir a câmera ou sacudir o aparelho para acionar a lanterna.
A Motorola prometeu duas grandes atualizações de sistema e três anos de atualizações de segurança, o que é aceitável para a categoria, embora marcas como Samsung ofereçam períodos maiores de suporte. De qualquer forma, o Edge 40 ainda terá suporte até pelo menos o Android 15.
Recursos extras e conectividade:
Em termos de conectividade, o Edge 40 é um dos intermediários mais completos do mercado. Ele oferece conectividade 5G, Wi-Fi 6, Bluetooth 5.2, NFC para pagamentos por aproximação, USB-C 2.0, GPS duplo e som estéreo com Dolby Atmos — que garante uma experiência sonora imersiva e potente para vídeos, jogos e músicas.
O leitor de impressões digitais sob a tela funciona com precisão e rapidez. A presença da certificação IP68 eleva o nível de proteção e confiabilidade do aparelho, algo raríssimo nos concorrentes da mesma faixa de preço. Tudo isso mostra que a Motorola apostou em um pacote completo e sofisticado, não apenas em marketing.
Conclusão: ainda vale a pena investir no Motorola Edge 40 em 2025?
Mesmo com dois anos de mercado, o Motorola Edge 40 continua sendo uma excelente opção em 2025 para quem procura um intermediário premium com cara e desempenho de top de linha. Ele entrega um pacote equilibrado, com design refinado, tela avançada, performance sólida, câmeras muito competentes, carregamento rápido e diferenciais como IP68 e carregamento sem fio.
Se você encontrar o modelo por preços abaixo de R$ 2.000, trata-se de uma das melhores relações custo-benefício do mercado. É o tipo de celular que não envelhece mal, continua bonito, rápido e funcional mesmo diante dos lançamentos mais recentes.