Chromebook em 2025: ainda vale a pena comprar ou é melhor investir em um notebook tradicional?

Chromebook em 2025: ainda vale a pena comprar ou é melhor investir em um notebook tradicional?

Em 2025, os Chromebooks ocupam um espaço peculiar e cada vez mais relevante no universo dos notebooks. Desde sua criação, eles foram concebidos com uma proposta clara: oferecer dispositivos leves, acessíveis e voltados para produtividade online, especialmente para usuários que dependem de navegadores e serviços em nuvem. Diferente dos notebooks tradicionais, que muitas vezes buscam performance extrema para jogos, edição de vídeo ou softwares pesados, os Chromebooks priorizam agilidade, portabilidade e simplicidade.

Essa abordagem fez com que os Chromebooks conquistassem rapidamente estudantes, professores e profissionais que buscavam um dispositivo confiável para tarefas cotidianas. Com o tempo, no entanto, surgiram questionamentos sobre sua capacidade de atender demandas mais complexas. Afinal, um notebook baseado em ChromeOS, com hardware mais modesto e foco em nuvem, consegue realmente competir com notebooks Windows ou Mac para usos mais variados em 2025?

Design e Construção

Um dos aspectos que mais chama atenção nos Chromebooks atuais é a notável evolução em design e qualidade de construção. Se no passado eles eram vistos como dispositivos de entrada, muitas vezes com carcaças simples em plástico e acabamentos básicos, em 2025 o cenário é bem diferente. Hoje encontramos modelos que rivalizam em elegância com notebooks premium de marcas tradicionais, apresentando estruturas mais sólidas, bordas finas e linhas minimalistas que transmitem modernidade.

A escolha dos materiais varia bastante conforme a faixa de preço, mas mesmo nos modelos mais acessíveis já é comum ver carcaças em policarbonato reforçado, que oferecem leveza sem abrir mão da resistência contra quedas e riscos. Nos modelos intermediários e de alto desempenho, o alumínio escovado e ligas metálicas assumem o protagonismo, conferindo um ar sofisticado e durabilidade comparável a ultrabooks consagrados do mercado. Essa mudança demonstra como os Chromebooks deixaram de ser “notebooks baratos” para se posicionarem como produtos com identidade própria.

Outro ponto de destaque está na portabilidade. A filosofia por trás dos Chromebooks sempre foi entregar mobilidade máxima, e isso se reflete em dispositivos que, em média, pesam entre 1 kg e 1,5 kg e possuem espessura reduzida, facilitando o transporte em mochilas e bolsas. Esse aspecto é fundamental para estudantes e profissionais que precisam de praticidade no dia a dia, já que o notebook pode ser levado para a escola, universidade ou escritório sem se tornar um fardo.

Os fabricantes também têm investido em detalhes ergonômicos, como dobradiças mais resistentes, que permitem abertura em até 180 graus ou até mesmo em 360 graus nos modelos conversíveis, transformando o Chromebook em uma espécie de tablet gigante, pronto para uso em anotações rápidas ou consumo de conteúdo multimídia. Essa versatilidade amplia as possibilidades de uso e torna o dispositivo mais adaptável a diferentes perfis de usuários.

O teclado e o touchpad, frequentemente negligenciados em notebooks de baixo custo, também receberam atenção especial nos modelos mais recentes. Hoje, é comum encontrar teclas retroiluminadas, maior espaçamento entre elas e um curso de digitação confortável, que proporciona uma experiência mais próxima de modelos premium. Já os touchpads são amplos, responsivos e compatíveis com gestos multi-toque, o que contribui para uma navegação mais fluida.

No quesito conectividade física, os Chromebooks seguem a tendência de minimalismo adotada por todo o mercado de tecnologia. A presença de portas USB-C é praticamente universal, sendo responsáveis tanto pela transferência de dados quanto pelo carregamento. Além disso, muitos modelos oferecem ao menos uma entrada USB-A tradicional, leitor de cartão microSD e saída para fones de ouvido, ainda que algumas marcas estejam optando por soluções cada vez mais enxutas.

Olhando para o conjunto, é inegável que o design e a construção dos Chromebooks em 2025 não ficam devendo em nada para notebooks convencionais da mesma faixa de preço. Eles são finos, resistentes, visualmente atraentes e preparados para o dia a dia de quem busca praticidade sem abrir mão de elegância.

Tela

A evolução das telas dos Chromebooks é, sem dúvida, um dos pontos que mais se destaca quando analisamos a maturidade da categoria em 2025. Se no início esses dispositivos se limitavam a painéis básicos com resoluções baixas e brilho limitado, hoje a realidade é completamente diferente. Os fabricantes compreenderam que a experiência visual é fundamental não apenas para entretenimento, mas também para produtividade, e investiram pesado nesse aspecto.

Nos modelos de entrada, ainda encontramos telas com resolução HD ou Full HD, mas com qualidade significativamente melhor do que anos atrás. Os painéis oferecem cores mais vivas, ângulos de visão ampliados e níveis de brilho que permitem o uso em ambientes internos com conforto. Mesmo nesses dispositivos mais acessíveis, a evolução é notável, especialmente quando comparada com gerações anteriores que apresentavam cores lavadas e pouca nitidez.

Já nos Chromebooks intermediários e premium, o salto é ainda mais impressionante. Muitos modelos trazem painéis IPS de alta qualidade com resolução 2K ou até 4K, algo que há alguns anos era restrito apenas a notebooks de ponta. A reprodução de cores é mais precisa, o contraste é elevado e o brilho alcança níveis que permitem o uso em áreas externas ou bem iluminadas, algo essencial para quem utiliza o dispositivo em movimento.

Outro ponto relevante é a popularização das telas sensíveis ao toque, que se tornaram padrão em boa parte do portfólio de Chromebooks atuais. Essa funcionalidade é especialmente útil nos modelos conversíveis 2 em 1, que podem ser utilizados como tablets. Combinada com a compatibilidade de algumas versões com canetas stylus, a tela sensível ao toque amplia as possibilidades de uso para anotações, desenhos e até tarefas criativas.

A taxa de atualização, que antes era um detalhe exclusivo para gamers, também chegou aos Chromebooks. Embora a maioria dos modelos ainda opere em 60 Hz, já é possível encontrar versões que oferecem 90 Hz ou até 120 Hz, garantindo maior fluidez na navegação, no consumo de vídeos e até em jogos casuais disponíveis via Android. Essa adição, embora não essencial para todos os usuários, melhora a percepção de qualidade e aproxima os Chromebooks das tendências do mercado.

Outro avanço importante é a redução das bordas ao redor da tela. O chamado design de bordas finas (ou “bezels” ultrafinos) dá a sensação de imersão maior e permite que os dispositivos mantenham dimensões compactas sem sacrificar o tamanho útil da tela. Hoje, é comum encontrar modelos de 13 a 15 polegadas que cabem em estruturas tão leves e pequenas quanto antigos notebooks de 11 polegadas, o que reforça a proposta de mobilidade da categoria.

A proteção também merece destaque: vários Chromebooks premium contam com vidros reforçados, como Gorilla Glass, aumentando a resistência contra riscos e impactos, um cuidado extra que dialoga diretamente com o público estudantil e corporativo, que muitas vezes transporta o dispositivo diariamente.

Hardware e Desempenho

Durante muito tempo, o hardware foi visto como a maior limitação dos Chromebooks. Eles eram equipados com processadores simples, pouca memória RAM e armazenamento limitado, o que reforçava a ideia de que eram dispositivos exclusivos para navegação na web e edições de texto. Porém, em 2025, essa realidade mudou consideravelmente. Hoje, a linha de Chromebooks é tão diversa que vai desde modelos básicos, voltados para tarefas simples, até versões premium que não ficam devendo nada a notebooks intermediários com Windows ou até mesmo a alguns Macs.

Nos modelos de entrada, ainda é comum encontrar processadores da linha Intel Celeron e Pentium, ou equivalentes da MediaTek e Qualcomm. Esses chips são pensados para eficiência energética e, mesmo que não ofereçam potência bruta, dão conta de tarefas cotidianas como navegar em múltiplas abas no Chrome, acessar plataformas de ensino, realizar videochamadas e trabalhar com documentos em nuvem. O grande diferencial aqui está na leveza do ChromeOS, que exige muito menos do hardware para funcionar de forma fluida quando comparado ao Windows.

Na faixa intermediária, encontramos Chromebooks equipados com Intel Core i3, i5, Ryzen 3 e Ryzen 5 de gerações atuais, além de processadores ARM mais robustos, como o Qualcomm Snapdragon 7c Gen 3. Aqui já falamos de uma experiência que permite rodar não apenas aplicativos de escritório e navegadores com várias abas, mas também softwares Android mais pesados, edições leves de fotos e até emulação de alguns programas via Linux. O desempenho é consistente, mesmo para quem passa várias horas do dia trabalhando no dispositivo.

O segmento premium é onde os Chromebooks surpreendem quem ainda acredita que eles são limitados. Modelos com Intel Core i7, Ryzen 7 ou Snapdragon de alto desempenho já são realidade, trazendo velocidades elevadas e suporte a tarefas mais exigentes. Esses Chromebooks conseguem rodar editores de vídeo online com fluidez, manipular planilhas complexas, utilizar ambientes Linux de forma estável e até lidar com multitarefas intensas. Embora não sejam projetados para competir diretamente com notebooks gamers, alguns conseguem até rodar jogos Android mais pesados e serviços de streaming de jogos como Xbox Cloud Gaming ou NVIDIA GeForce Now com desempenho satisfatório.

A memória RAM é outro ponto que evoluiu bastante. Enquanto antes os Chromebooks eram limitados a 2 GB ou 4 GB, hoje encontramos configurações que começam em 8 GB e podem chegar a 16 GB nos modelos avançados. Essa evolução é crucial para lidar com múltiplas abas abertas, algo que todo usuário de navegador conhece bem. Já o armazenamento, mesmo sendo menor do que em notebooks tradicionais, conta com soluções rápidas em SSD que variam de 64 GB a 512 GB. A filosofia de uso na nuvem continua, mas agora o espaço físico maior permite armazenar com tranquilidade arquivos offline, aplicativos Android e até dados de programas Linux.

Outro ponto que merece destaque é a integração do hardware com o ChromeOS. Diferente de sistemas que precisam se adaptar a uma infinidade de combinações possíveis, o ChromeOS é otimizado para funcionar em configurações específicas, o que garante fluidez até mesmo em hardwares modestos. Essa sinergia lembra a experiência da Apple com o macOS, onde o sistema é desenvolvido de forma a extrair o máximo do hardware disponível.

Software e Recursos

Se o hardware dos Chromebooks deu um salto significativo nos últimos anos, é no software que reside sua verdadeira identidade. O ChromeOS, sistema operacional desenvolvido pelo Google, é o coração desses dispositivos e um dos principais motivos para que eles tenham conquistado uma base de usuários tão fiel. Diferente do Windows e do macOS, que carregam décadas de camadas de compatibilidade e complexidade, o ChromeOS nasceu com a proposta de ser leve, ágil e totalmente integrado à nuvem.

Em 2025, essa filosofia continua intacta, mas de forma muito mais refinada e madura. O sistema é extremamente responsivo, inicializa em poucos segundos e se mantém fluido mesmo em dispositivos com especificações mais modestas. Isso acontece porque o ChromeOS é otimizado para funcionar em sintonia com o hardware, evitando desperdício de recursos e entregando a sensação de que “tudo acontece sem esforço”.

Um dos grandes avanços do ChromeOS foi a integração com aplicativos Android. Hoje, praticamente qualquer app disponível na Google Play Store pode ser instalado em um Chromebook, ampliando de forma exponencial o leque de possibilidades. Isso significa que o usuário pode utilizar desde aplicativos simples de mensagens e redes sociais até editores de vídeo e música desenvolvidos originalmente para smartphones. É claro que nem todos os apps estão perfeitamente adaptados para telas grandes, mas a compatibilidade é, sem dúvida, um dos diferenciais mais importantes.

Outro recurso que transformou a experiência com os Chromebooks foi a inclusão do suporte a aplicativos Linux. Essa funcionalidade abriu espaço para desenvolvedores, estudantes de tecnologia e profissionais que precisam de softwares específicos, como editores de código, ferramentas de desenvolvimento e até alguns programas que não existem em versões Android. Na prática, isso fez com que os Chromebooks deixassem de ser vistos apenas como “máquinas de navegador” e passassem a ser ferramentas de trabalho mais completas e versáteis.

A integração com o ecossistema do Google também é um pilar central. O ChromeOS oferece sincronia imediata com Google Drive, Gmail, Google Docs, Sheets e Meet, permitindo que qualquer alteração feita em um dispositivo seja instantaneamente refletida em outros. Para quem já utiliza serviços do Google, a transição para um Chromebook é praticamente natural, pois tudo está conectado de forma transparente e sem configurações complicadas.

Além disso, o sistema operacional recebe atualizações automáticas em segundo plano, sem interrupções para o usuário. Esse modelo de atualização contínua não apenas mantém o dispositivo seguro contra ameaças, como também garante acesso a novos recursos sem depender de longos ciclos de upgrade. Em um mundo onde segurança digital é cada vez mais relevante, esse é um dos maiores trunfos dos Chromebooks.

Outro detalhe importante é a segurança nativa do ChromeOS. Como o sistema foi pensado para rodar apps em contêineres isolados, a probabilidade de infecção por vírus ou malwares é extremamente baixa. Isso, somado à criptografia de dados e à proteção integrada contra phishing, faz dos Chromebooks uma das opções mais seguras disponíveis no mercado para usuários comuns.

Por fim, não podemos esquecer da integração com serviços de streaming e jogos em nuvem, como o Xbox Cloud Gaming, GeForce Now e até soluções de produtividade mais robustas que rodam direto do navegador. Isso amplia ainda mais o leque de recursos disponíveis, tornando o Chromebook não apenas uma máquina de trabalho, mas também uma plataforma de entretenimento versátil.

Bateria

Se existe um ponto em que os Chromebooks sempre se destacaram em relação a notebooks tradicionais, esse ponto é a bateria. Desde as primeiras gerações, a proposta do Google foi entregar dispositivos que pudessem acompanhar o usuário por longas horas de trabalho ou estudo sem a necessidade de estar constantemente conectados à tomada. Em 2025, essa promessa não só foi mantida como também aprimorada, consolidando os Chromebooks como verdadeiros campeões de autonomia.

Nos modelos de entrada, mesmo com configurações mais simples, é comum encontrar média de 8 a 10 horas de uso contínuo. Esse desempenho já é suficiente para um dia inteiro de aulas ou de trabalho em escritório, o que elimina a preocupação de levar o carregador em todas as ocasiões. Já nos modelos intermediários e premium, a autonomia pode facilmente ultrapassar as 12 ou até 14 horas, especialmente graças à eficiência energética dos novos processadores Intel, AMD e ARM otimizados para o ChromeOS.

A diferença em relação a notebooks Windows da mesma faixa de preço é notável. Enquanto muitos modelos convencionais ainda sofrem para ultrapassar 6 ou 7 horas de uso real, os Chromebooks entregam quase o dobro sem grandes esforços. Isso acontece porque o ChromeOS é um sistema muito mais leve e otimizado, consumindo menos recursos em segundo plano e aproveitando ao máximo o hardware disponível.

Outro ponto que merece destaque é a velocidade de carregamento. A maioria dos Chromebooks atuais conta com carregadores USB-C compatíveis com tecnologia de carregamento rápido, o que significa que em cerca de 30 minutos é possível recuperar até 40% da bateria. Essa praticidade é extremamente útil para quem leva o dispositivo para ambientes como bibliotecas, coworkings ou cafés, onde um rápido período conectado à tomada pode garantir várias horas extras de uso.

Nos modelos premium, há ainda uma preocupação maior com longevidade da bateria. Isso inclui não apenas maior capacidade, mas também tecnologias que preservam os ciclos de recarga, garantindo que o desempenho não caia drasticamente após alguns anos de uso. Essa é uma resposta direta a críticas comuns de usuários de notebooks tradicionais, que muitas vezes veem a autonomia despencar após dois ou três anos de uso intenso.

Vale ressaltar também que, por serem dispositivos focados em eficiência, os Chromebooks esquentam menos e, em muitos casos, nem sequer utilizam ventoinhas. Essa característica não só contribui para maior conforto térmico, como também evita desperdício de energia com sistemas de refrigeração ativos, ajudando a prolongar ainda mais a autonomia.

No dia a dia, isso se traduz em tranquilidade. O usuário de um Chromebook sabe que pode sair de casa pela manhã, passar o dia em aulas, reuniões ou deslocamentos, e voltar à noite sem que a bateria seja um problema. Essa confiança na autonomia é um dos maiores diferenciais da categoria e, para muitos consumidores, acaba sendo o fator decisivo na hora da compra.

Câmera

As câmeras dos notebooks sempre foram vistas como um ponto secundário, e os Chromebooks não fogem completamente a essa regra. No entanto, em 2025, o cenário é mais favorável do que no passado. Impulsionados pelo aumento massivo de videochamadas durante a pandemia e pela consolidação do trabalho remoto e do ensino híbrido, os fabricantes passaram a dar maior atenção a esse componente, tornando-o mais relevante no conjunto do dispositivo.

Nos modelos mais básicos, ainda encontramos câmeras de 720p, suficientes para chamadas simples no Google Meet, Zoom ou Microsoft Teams. Embora não entreguem a nitidez de uma webcam dedicada, essas câmeras já são capazes de oferecer qualidade aceitável em ambientes bem iluminados, atendendo às necessidades da maioria dos estudantes e usuários casuais.

Por outro lado, os Chromebooks intermediários e premium já trazem câmeras de 1080p (Full HD) como padrão. Essa resolução garante maior clareza de imagem, cores mais fiéis e menos ruído em situações de pouca luz, resultando em uma experiência mais profissional durante reuniões de trabalho ou apresentações online. Alguns modelos chegam inclusive a oferecer recursos extras, como redução automática de ruído digital, correção de iluminação em tempo real e até foco automático, recursos antes restritos a webcams externas.

Uma tendência interessante em 2025 é a adoção de tecnologias de inteligência artificial integradas ao ChromeOS, que melhoram significativamente a qualidade das videochamadas. O sistema consegue aplicar ajustes dinâmicos de brilho e contraste, além de desfoque de fundo ou substituição por imagens, tudo sem exigir softwares adicionais. Esse tipo de recurso agrega valor especialmente para profissionais que utilizam o dispositivo em ambientes variados, nem sempre com a iluminação ideal.

Outro detalhe relevante é o áudio. Embora tecnicamente não seja parte da câmera, os microfones embutidos evoluíram em paralelo, passando a contar com cancelamento de ruído e captação em múltiplas direções. Isso significa que até mesmo usuários que não utilizam fones de ouvido conseguem ser ouvidos com clareza em reuniões, sem que sons externos atrapalhem a comunicação.

Vale mencionar que alguns Chromebooks 2 em 1 também possuem câmeras traseiras, voltadas para uso no modo tablet. Embora não substituam a câmera de um smartphone, elas são úteis para registrar documentos, digitalizar provas, anotações ou até mesmo para atividades criativas. A resolução varia, mas não é raro encontrar sensores de 8 MP a 13 MP nesses modelos, o que os torna relativamente versáteis em situações específicas.

Preço e Disponibilidade no Brasil

Ao falar de Chromebooks em 2025, é impossível ignorar um dos fatores mais decisivos para o consumidor brasileiro: o preço. Desde que chegaram oficialmente ao país, esses dispositivos sempre carregaram a proposta de serem mais acessíveis que notebooks Windows e Macs. Porém, a realidade do mercado brasileiro, marcada por altas cargas tributárias e custos de importação, acaba influenciando bastante a forma como esses aparelhos se posicionam.

Nos modelos de entrada, encontramos Chromebooks a partir da faixa dos R$ 1.500 a R$ 2.000, dependendo da marca e da configuração. Esses dispositivos geralmente oferecem processadores básicos, 4 GB a 8 GB de RAM e armazenamento entre 64 GB e 128 GB. Embora sejam suficientes para tarefas leves e o dia a dia escolar, é importante que o consumidor tenha clareza de suas limitações para não criar expectativas acima do que realmente entregam.

Já na categoria intermediária, que vai aproximadamente de R$ 2.500 a R$ 4.000, o cenário é mais interessante. Aqui já encontramos modelos com design premium, processadores Intel Core i3 e i5 ou equivalentes da AMD, telas Full HD de boa qualidade e autonomia de bateria que ultrapassa 10 horas. Esses dispositivos conseguem atender tanto estudantes universitários quanto profissionais que utilizam o notebook para trabalho remoto ou híbrido.

Na faixa premium, acima de R$ 4.500, aparecem os Chromebooks mais sofisticados, com acabamentos em metal, telas de alta resolução (2K ou até 4K), suporte a caneta stylus, câmeras Full HD e processadores potentes, como Intel Core i7 ou Ryzen 7. Esses modelos têm como alvo um público mais exigente, que deseja um notebook leve, seguro e extremamente portátil, sem abrir mão de desempenho. Embora esse preço se aproxime bastante de ultrabooks Windows e até mesmo de alguns modelos de MacBook Air, os Chromebooks justificam sua existência oferecendo um ecossistema simples, fluido e com forte integração ao Google.

Outro ponto que merece destaque é a variedade de marcas disponíveis no Brasil. Além da Acer e da Samsung, que foram pioneiras nesse mercado por aqui, outras fabricantes como Asus e Lenovo ampliaram seu portfólio de Chromebooks, trazendo opções em diferentes faixas de preço. Essa concorrência ajudou a diversificar a oferta e a aumentar a competitividade, beneficiando o consumidor que hoje encontra mais alternativas do que no passado.

No entanto, a disponibilidade ainda é um desafio. Apesar do crescimento, os Chromebooks não possuem a mesma presença em lojas físicas e e-commerces brasileiros que os notebooks Windows. Isso significa que, em alguns casos, o consumidor precisa recorrer a importações ou a revendedores específicos para encontrar modelos mais avançados. Essa barreira pode limitar o acesso a recursos mais modernos, como telas 4K ou configurações com maior memória RAM, que ainda são mais comuns em mercados como o norte-americano e o europeu.

Outro fator que pesa na decisão é a percepção de valor. No Brasil, muitos consumidores ainda têm receio de investir em um Chromebook por acreditarem que ele seja limitado em comparação a um notebook Windows. Esse estigma, embora desatualizado, influencia o mercado e faz com que os Chromebooks enfrentem uma tarefa dupla: competir em preço e, ao mesmo tempo, convencer o público de que oferecem uma experiência completa.

Considerações Finais

Os Chromebooks percorreram um caminho notável desde sua estreia no mercado. De dispositivos vistos como opções secundárias, destinados quase exclusivamente a estudantes e usuários com demandas extremamente básicas, eles se transformaram em 2025 em uma categoria madura, capaz de disputar espaço com notebooks Windows e até mesmo com alguns modelos da Apple. Essa transformação não foi apenas no hardware, mas principalmente na percepção de valor: o que antes era considerado um “notebook barato” hoje pode ser entendido como uma solução inteligente e eficiente para quem busca produtividade e mobilidade.

Ao longo deste artigo, vimos que os Chromebooks evoluíram em praticamente todos os aspectos: ganharam designs mais sofisticados e resistentes, telas de alta qualidade que tornam a experiência visual muito mais agradável, processadores capazes de atender desde tarefas leves até demandas mais avançadas, integração fluida com aplicativos Android e Linux, além de autonomia de bateria que segue como uma das melhores do mercado. Tudo isso somado à segurança e simplicidade do ChromeOS, que continua sendo um dos sistemas operacionais mais leves e confiáveis disponíveis.

No entanto, é importante reforçar que o Chromebook não é para todos. Usuários que dependem de softwares muito específicos do Windows ou do macOS, ou que desejam um notebook para jogos pesados, ainda podem sentir limitações. O ecossistema em nuvem e a dependência de aplicativos compatíveis com Android ou Linux são fatores que precisam ser considerados antes da compra. Para alguns perfis, essas restrições podem pesar mais do que os benefícios.

Por outro lado, para quem já utiliza intensivamente os serviços do Google, vive conectado à internet e valoriza praticidade, os Chromebooks entregam uma experiência difícil de igualar. A combinação de inicialização rápida, interface simples, atualizações automáticas, longa duração de bateria e integração perfeita com a nuvem os torna ideais para estudantes, profissionais em regime remoto ou híbrido, e qualquer pessoa que precise de um computador confiável para o dia a dia.

No mercado brasileiro, a questão do preço e da disponibilidade ainda é um desafio, mas isso não diminui o fato de que os Chromebooks se consolidaram como uma alternativa viável, moderna e eficiente. Eles se encaixam especialmente bem no perfil de consumidores que querem fugir da complexidade de sistemas tradicionais e que buscam um dispositivo portátil, seguro e pronto para uso imediato.

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